Hoje é dia 9 de Dezembro, mas suspeito que quase toda a gente fez as suas compras para oferecer no Natal. Esse espírito torna o portuguesinho apressado, quase raivoso, quando enfrenta as ruas de comércio e os corredores dos centros comerciais. De encontrão em encontrão, as pessoas lá vão andando, com o saco na mão e o olhar assente na próxima loja. Faltam menos de vinte dias para a noite de 24, mas já não posso nem passar perto de Santa Catarina.
Ah, e isto a propósito da crise. Será que é mesmo uma realidade? É porque, de facto, não vejo grandes sinais de crise e já suspeito quando os telejornais abrem com notícias sobre a subida das taxas de juro ou quando os jogadores do Setúbal não recebem ordenados (afinal até estão em terceiro lugar na Liga). De tão habituados que estamos a que nos falem do mau estado das finanças, será que entrámos num patamar quase metafísico em que gastamos o que não é nosso? O crédito não é a única explicação, por isso é melhor que Cavaco comece a falar de outros assuntos, que não a economia. Por mim, sigo as ideias de Jorge Costa, que decidiu apoiar Manuel Alegre, um romântico destas coisas, e sigo contra Vítor Baía, por este se ter deixado fotografar ao lado do homem do tabu que continua a sonhar ser Presidente da República.
Política e futebol, sempre de braços dados. Mesmo em tempos de crise.
(by Arquero)
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