O novo Ronaldinho
Tirei o som à televisão. Estou farto de ouvir que o Anderson, que vai jogar no F.C. Porto, é o novo Ronaldinho. Esta mania de catalogar jogadores com o talento de outros é quase tão arrepiante como ouvir o "Gaby" dizer que o golo do Adriano à Tunísia, depois de um grande remate de fora da área, é "à ponta-de-lança".
A história está cheia de exemplos de futebolistas que não fizeram jus ao rótulo. Os tempos são outros: ser um novo Pelé ou Maradona não seria fácil no seu tempo e é quase impossível agora. Ser o novo Ronaldinho, apesar da conjuntura parecer mais favorável, nunca será para todos os que se dizem seus sucessores. Muitos até não o querem ser. E têm esse direito. Qualquer dia estamos a clonar craques antigos porque não conseguimos viver sem eles e não conseguimos compreender que existam outros. Ou então, deixamos de ir aos estádios e passamos a ficar a jogar em casa o excelente Pro Evolution Soccer, que já nos permite contratar Marcos van Basten, Maradonas e Pelés para os tempos modernos.
Dizer aos 17 anos a Anderson que é o novo Ronaldinho é complicar-lhe a vida. É dizer-lhe que tem de fazer o que o Ronaldinho faz: parar uma bola com as costas, driblar oito adversários, marcar golos de todos os ângulos. Numa altura em que o miúdo, que vai viver o próximo ano ainda na companhia da mãe e do irmão, se encontra perante um novo mundo, pode ser o princípio do fim.
E isto levanta algumas dúvidas: quantos novos Figos vão surgir em Portugal nas próximas décadas; será Robinho tão ofuscante quanto Pelé; Riquelme ainda terá tempo para evoluir até ser o novo Maradona; Mantorras será tão grande quanto Eusébio; Ronaldo será ainda mais assustador que Figo; será Ibrahimovic melhor que Van Nistelrooij que por sua vez será melhor que Van Basten? Uff, há por aí um copo de água?
(by El Pibe da Trafaria)
A história está cheia de exemplos de futebolistas que não fizeram jus ao rótulo. Os tempos são outros: ser um novo Pelé ou Maradona não seria fácil no seu tempo e é quase impossível agora. Ser o novo Ronaldinho, apesar da conjuntura parecer mais favorável, nunca será para todos os que se dizem seus sucessores. Muitos até não o querem ser. E têm esse direito. Qualquer dia estamos a clonar craques antigos porque não conseguimos viver sem eles e não conseguimos compreender que existam outros. Ou então, deixamos de ir aos estádios e passamos a ficar a jogar em casa o excelente Pro Evolution Soccer, que já nos permite contratar Marcos van Basten, Maradonas e Pelés para os tempos modernos.
Dizer aos 17 anos a Anderson que é o novo Ronaldinho é complicar-lhe a vida. É dizer-lhe que tem de fazer o que o Ronaldinho faz: parar uma bola com as costas, driblar oito adversários, marcar golos de todos os ângulos. Numa altura em que o miúdo, que vai viver o próximo ano ainda na companhia da mãe e do irmão, se encontra perante um novo mundo, pode ser o princípio do fim.
E isto levanta algumas dúvidas: quantos novos Figos vão surgir em Portugal nas próximas décadas; será Robinho tão ofuscante quanto Pelé; Riquelme ainda terá tempo para evoluir até ser o novo Maradona; Mantorras será tão grande quanto Eusébio; Ronaldo será ainda mais assustador que Figo; será Ibrahimovic melhor que Van Nistelrooij que por sua vez será melhor que Van Basten? Uff, há por aí um copo de água?
(by El Pibe da Trafaria)
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