O dez-composto
Estou a começar a apreciar a RTP Memória, sobretudo a partir das 0h00. Ontem, tive a oportunidade de rever uma das grandes derrotas de Johann Cruijff enquanto treinador. De um lado, o Milan de Fabio Capello. Do outro, o Barcelona do mítico holandês (e de Ronald Koeman, novo treinador do Benfica). As duas equipas encontravam-se para a final da Liga dos Campeões de 1993/94.
Lembram-se do resultado? Os italianos venceram por 4-0, com um bis oportuno de Massaro, um chapéu redondo de Savicevic e uma declaração de potência muscular de Desailly. Fiquei satisfeito por ter voltado a ver em acção o 4x2x3x1 dos "rossoneri", em que o tridente formado por Boban, Savicevic e Donadoni era implacável no ataque.
Fabio Capello podia contar com um dez-composto, um cérebro com dois hemisférios: o direito, mais táctico, que preenchia os espaços, reconhecia o terreno, visualizava mentalmente as jogadas e estabelecia os ritmos da equipa (Boban); o esquerdo, mais operacional, que sobressaía pela habilidade, e pela matemática, geometria e lógica nos passes (Savicevic). Juntos, eram o 10 perfeito, apesar de ser o montenegrino a trazê-lo nas costas. Juntos, faziam o hoje treinador da Juventus o homem mais feliz da Europa.
Depois, havia Donadoni. Um médio destro, que libertava espaços do poder do adversário, ganhando os flancos. À esquerda, à direita. Até ao momento de oferecer o golo ao ponta-de-lança. Atrás, a tranquilidade de Maldini e Albertini, e a força de Desailly. À frente, Massaro aproveitava as lesões de Jean-Pierre Papin e Marco van Basten como poucos. Mas a verdadeira razão do sucesso da equipa da Lombardia estava na junção dos dois jugoslavos. Uma conclusão que espero ser tão proeminente como o nariz de Tassotti, o primeiro a beijar a taça de 1994.
(by El Pibe da Trafaria)
Lembram-se do resultado? Os italianos venceram por 4-0, com um bis oportuno de Massaro, um chapéu redondo de Savicevic e uma declaração de potência muscular de Desailly. Fiquei satisfeito por ter voltado a ver em acção o 4x2x3x1 dos "rossoneri", em que o tridente formado por Boban, Savicevic e Donadoni era implacável no ataque.
Fabio Capello podia contar com um dez-composto, um cérebro com dois hemisférios: o direito, mais táctico, que preenchia os espaços, reconhecia o terreno, visualizava mentalmente as jogadas e estabelecia os ritmos da equipa (Boban); o esquerdo, mais operacional, que sobressaía pela habilidade, e pela matemática, geometria e lógica nos passes (Savicevic). Juntos, eram o 10 perfeito, apesar de ser o montenegrino a trazê-lo nas costas. Juntos, faziam o hoje treinador da Juventus o homem mais feliz da Europa.
Depois, havia Donadoni. Um médio destro, que libertava espaços do poder do adversário, ganhando os flancos. À esquerda, à direita. Até ao momento de oferecer o golo ao ponta-de-lança. Atrás, a tranquilidade de Maldini e Albertini, e a força de Desailly. À frente, Massaro aproveitava as lesões de Jean-Pierre Papin e Marco van Basten como poucos. Mas a verdadeira razão do sucesso da equipa da Lombardia estava na junção dos dois jugoslavos. Uma conclusão que espero ser tão proeminente como o nariz de Tassotti, o primeiro a beijar a taça de 1994.
(by El Pibe da Trafaria)
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