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sábado, junho 18, 2005

A Cova da Moura e o futebol

Assim de repente, o futebol (e a música, talvez) é o único sector onde os imigrantes de segunda gerção conseguem integrar-se e chegar a figuras de primeiro plano. Eles sabem de bola, gostam, muitos têm talento de sobra. Exemplos não faltam.

Claro que isto não significa, como sabemos, que o racismo fique à porta dos estádios. Bem pelo contrário, apesar de algumas posições enérgicas da UEFA (infelizmente não seguidas em Portugal, por Liga e Federação).

Nunca dei por um jogador ser prejudicado por ter nascido na Cova da Moura. Pelo contrário, o futebol sempre se deu bem com os que nascem do lado errado da vida.

Até por isso, não estranhei que tivesse sido um campo de futebol o local escolhido para simbolizar a paz que a Cova da Moura (e os outros bairros que assustam - e se assustam - Lisboa) reclama: de um lado uma equipa de polícias, da outra jogadores que moram no bairro. Jorge Sampaio deu o pontapé de saída.

Infelizmente, a vida é mais imperfeita do que um jogo de futebol. E amanhã será um novo dia, já sem jornalistas, com polícias sem calções e sapatilhas e o presidente longe.

(by Falso lento)

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