A estratégia dos milagres múltiplos
Submetido, durante 120 minutos, a um colossal banho de bola, dado por Ronaldo, Rooney e companhia, o Arsenal esperou por um milagre. Depois por mais outro. Depois ainda outro. E mais outro. Quando chegaram os «penalties», a conquista do caneco era uma evidência, que o falhanço de Scholes se limitou a formalizar: atingindo o ponto G das equipas defensivas, o tal que garante milagres múltiplos até ao último apito do árbitro, a equipa de Arsène Wenger tinha-se tornado simplesmente invencível.
Que um técnico reputado pelo seu futebol sedutor e ofensivo tenha cuspido na cara de uma tradição centenária, fazendo deste Arsenal, na prática, a primeira equipa italiana a ganhar uma Taça de Inglaterra*, eis uma daquelas ironias que o futebol vai semeando, de tempos a tempos, para se rir de todos os esteriótipos e preconceitos com que julgamos decifrá-lo. Na verdade, desde que a bola salta, é ele que nos decifra a nós.
* Não há aqui qualquer confusão geográfica: ser italiano, no futebol, é um estado de espírito, não uma nacionalidade
(by Espoliado de Incheon)
Que um técnico reputado pelo seu futebol sedutor e ofensivo tenha cuspido na cara de uma tradição centenária, fazendo deste Arsenal, na prática, a primeira equipa italiana a ganhar uma Taça de Inglaterra*, eis uma daquelas ironias que o futebol vai semeando, de tempos a tempos, para se rir de todos os esteriótipos e preconceitos com que julgamos decifrá-lo. Na verdade, desde que a bola salta, é ele que nos decifra a nós.
* Não há aqui qualquer confusão geográfica: ser italiano, no futebol, é um estado de espírito, não uma nacionalidade
(by Espoliado de Incheon)
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