Façam como o Osvaldo...
Aqui há dois dias, na RTP1, Rui Tovar e o autor da tirada mais sexual do futebol português (em homenagem a um jogador do U. Leiria) - que sobreviveu à mesma e continua a comentar jogos - trouxeram-nos a caminhada do Sporting até à final da Taça das Taças de 1964.
Vi pela primeira vez o curto resumo - ainda não era nascido em 64 - da fantástica goleada dos leões ao Manchester United de Bobby Charlton, Denis Law e George Best. O 4-1 sofrido em Inglaterra (convém lembrar que os golos marcados fora de casa não tinham as mesmas propriedades de desempate que têm hoje) deixava poucas perspectivas de qualificação para o último jogo antes da final, com o Lyon. Mas, inesperadamente, o Sporting venceria por 5-0, numa das maiores exibições (conta-se, porque não vi todas) da sua história.
Nesse jogo de Alvalade, e apesar da péssima qualidade de imagem, soltei aquela expressão que normalmente se utiliza para um golo bonito ou para uma grande jogada: "Oh, meu Deus! Mas que belo momento de génio!" É claro que isto é só para tornar o texto mais erudito, porque o calão não pode ser aqui reproduzido.
Um pouco depois do meio do meio-campo (no sentido da baliza adversária), o senhor Osvaldo Silva marcou um livre directo. Lembram-se do golo de Ronaldinho ao Chelsea de fora da área? Foi mais ou menos assim, mas com uma dose dupla de desprezo. E de muito mais longe. Tocaram sinos, o céu escureceu, relâmpagos iluminaram o céu*. Que as vitórias de outrora empurrem o Sporting esta noite para a segunda conquista europeia da história! Que o talento de Osvaldo ilumine e inspire a noite!
* Quem não gosta de associar a natureza a um jogo de futebol, o real ao sobrenatural, então é porque nunca leu "Onze Contos de Futebol", do fantástico Camilo José Cela. É como um golo de calcanhar. Fica sempre bem.
(by El Pibe da Trafaria)
Vi pela primeira vez o curto resumo - ainda não era nascido em 64 - da fantástica goleada dos leões ao Manchester United de Bobby Charlton, Denis Law e George Best. O 4-1 sofrido em Inglaterra (convém lembrar que os golos marcados fora de casa não tinham as mesmas propriedades de desempate que têm hoje) deixava poucas perspectivas de qualificação para o último jogo antes da final, com o Lyon. Mas, inesperadamente, o Sporting venceria por 5-0, numa das maiores exibições (conta-se, porque não vi todas) da sua história.
Nesse jogo de Alvalade, e apesar da péssima qualidade de imagem, soltei aquela expressão que normalmente se utiliza para um golo bonito ou para uma grande jogada: "Oh, meu Deus! Mas que belo momento de génio!" É claro que isto é só para tornar o texto mais erudito, porque o calão não pode ser aqui reproduzido.
Um pouco depois do meio do meio-campo (no sentido da baliza adversária), o senhor Osvaldo Silva marcou um livre directo. Lembram-se do golo de Ronaldinho ao Chelsea de fora da área? Foi mais ou menos assim, mas com uma dose dupla de desprezo. E de muito mais longe. Tocaram sinos, o céu escureceu, relâmpagos iluminaram o céu*. Que as vitórias de outrora empurrem o Sporting esta noite para a segunda conquista europeia da história! Que o talento de Osvaldo ilumine e inspire a noite!
* Quem não gosta de associar a natureza a um jogo de futebol, o real ao sobrenatural, então é porque nunca leu "Onze Contos de Futebol", do fantástico Camilo José Cela. É como um golo de calcanhar. Fica sempre bem.
(by El Pibe da Trafaria)
<< Home