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terça-feira, março 08, 2005

Aquilo cujo nome não ousamos dizer

Um susto, outra vez um susto tremendo. Por razões óbvias, atendendo ao passado recente, sempre que acontece no relvado um incidente perigoso, é impossível deixarmos de trocar olhares angustiados, receando o pior. Depois daquela noite tétrica de 25 de Janeiro de 2004 já aconteceu pelo menos três vezes: com Filipe Alvim (num Académica F.C. Porto), com Costinha (num Guimarães-F.C. Porto) e agora com Veríssimo, no V. Setúbal-Sp. Braga.

De todas as vezes a angústia, os «replays» inquietantes, a espera impaciente por notícias tranquilizadoras. A verdade é que depois de Guimarães houve uma inocência que se perdeu, dando lugar a uma espécie de complexo de culpa por aplicarmos tantas energias, sentimentos e emoções em coisas que, de um momento para o outro, parecem perder todo o significado.

Enquanto a angústia dura sentimo-nos vagamente fúteis, vagamente envergonhados, e muito concretamente assustados. Depois, quando a boa notícia chega, podemos voltar a ser miúdos fascinados com uma bola que gira e que nos ajuda a perceber o sentido em que roda o mundo. Veríssimo está bem. Alegremo-nos, irmãos. Logo à noite há Liga dos Campeões e o nosso entusiasmo, novamente sem culpas, ser-lhe-á também dedicado.

(by Espoliado de Incheon)

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