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sábado, fevereiro 19, 2005

Quaresma e o futebol de doze

Quem aprecia futebol não pode deixar de olhar com agrado para Ricardo Quaresma, sobretudo pela inesgotável capacidade de nos surpreender. Entra em todas as jogadas pela via do talento e isso obviamente agrada.

Mas Quaresma é também um enorme problema para os treinadores. Os dias passam e ele não dá qualquer sinal de compreender o jogo em que é estrela. Quer dizer, Quaresma tem do futebol uma ideia muito particular, quase só dele.

Se o colocam na direita, esquece-se de fechar. Se joga na esquerda é fatal que vai procurar o meio e agarrar-se de mais à bola.

No Restelo, Couceiro procurou uma terceira via. Quaresma jogou no meio, junto a Postiga. Quando a equipa não tem a bola, a opção é boa, pois a estrutura defensiva não se desequilibra por alguém ter deixado para mais tarde o trabalho que é inadiável. Em termos ofensivos não deu para ver, tão mal a equipa jogou, embora seja justo referir que Quaresma esteve entre os menos maus.

Mas a verdade é que só parece existir uma verdadeira solução para este problema: quem tem Quaresma deve poder jogar com doze. Os treinadores ficam mais tranquilos e nós assistimos deliciados à inspiração em movimento acelerado que Quaresma nos oferece todas as semanas.

(by Falso lento)

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