A minha vida
Houve uma altura da minha vida (era razoavelmente novo...) em que achava piada a Manuel José, um treinador que ganhava aos «grandes».
Houve outra altura da minha vida em que não achava piada nenhuma a Manuel José, um treinador que me surpreendia pelo facto de ter chegado ao Benfica e, aparentemente, haver quem o achasse qualificado para o lugar.
Houve uma terceira altura da minha vida em que voltei a lembrar-me de Manuel José. Foi durante o fim-de-semana. No sábado ele ganhou a Liga dos Campeões Africanos e gostei de saber que um português no Egipto, fosse lá quem fosse, estava satisfeito por a bola ter entrado na baliza certa. No domingo fui ver o «Fiel Jardineiro». E pensei: «De facto é verdade o que dizem, África muda as pessoas». Foi um pensamento banal que afastei de imediato para procurar a chave do carro, tarefa que me consome cada vez mais energia, e voltar a casa.
Houve ainda uma outra altura da minha vida - hoje, segunda-feira, para ser mais preciso - em que recordei Manuel José, o de outros tempos. Foi quando abri os jornais e li os títulos das entrevistas que deu.
Os filmes, como os livros (e como o futebol, quando está nos seus dias), são melhores do que a vida. Os jornais, parece-me, estão muito longe dessa excelência. Talvez por serem demasiado realistas. Ou então sou eu a entrar numa outra altura da minha vida.
(by Falso lento)
Houve outra altura da minha vida em que não achava piada nenhuma a Manuel José, um treinador que me surpreendia pelo facto de ter chegado ao Benfica e, aparentemente, haver quem o achasse qualificado para o lugar.
Houve uma terceira altura da minha vida em que voltei a lembrar-me de Manuel José. Foi durante o fim-de-semana. No sábado ele ganhou a Liga dos Campeões Africanos e gostei de saber que um português no Egipto, fosse lá quem fosse, estava satisfeito por a bola ter entrado na baliza certa. No domingo fui ver o «Fiel Jardineiro». E pensei: «De facto é verdade o que dizem, África muda as pessoas». Foi um pensamento banal que afastei de imediato para procurar a chave do carro, tarefa que me consome cada vez mais energia, e voltar a casa.
Houve ainda uma outra altura da minha vida - hoje, segunda-feira, para ser mais preciso - em que recordei Manuel José, o de outros tempos. Foi quando abri os jornais e li os títulos das entrevistas que deu.
Os filmes, como os livros (e como o futebol, quando está nos seus dias), são melhores do que a vida. Os jornais, parece-me, estão muito longe dessa excelência. Talvez por serem demasiado realistas. Ou então sou eu a entrar numa outra altura da minha vida.
(by Falso lento)
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