Um momento determinante
A meio da segunda parte, com o marcador em 3-3 e os adeptos do Benfica à beira de um ataque de nervos, Petit recebeu a bola no meio-campo do Marítimo, sobre a esquerda, e olhou em volta. Caminho barrado para a frente. Linhas de passe tapadas pela boa pressão de Chainho, Wénio e Bino. Dos Santos demasiado perto. Luisão e Ricardo Rocha também pressionados por Marcinho e Silas. Solução: um atraso de 60 metros para Quim receber com os pés e reiniciar a jogada. A Luz rebentou em assobios nervosos. Petit abriu os braços e, com um gesto enérgico, mandou calar os adeptos, como quem diz: «Eu sei o que estou a fazer, ok?». Falo por mim, e apenas por mim, mas foi nesse momento que tive a certeza de que o Benfica ia ganhar o jogo.
Duas conclusões para este episódio: 1- os jogadores reagem quase sempre melhor do que o público às adversidades; 2- a coragem de ser lúcido, à distância de uma bancada, confunde-se muitas vezes com cobardia.
(by Espoliado de Incheon)
Duas conclusões para este episódio: 1- os jogadores reagem quase sempre melhor do que o público às adversidades; 2- a coragem de ser lúcido, à distância de uma bancada, confunde-se muitas vezes com cobardia.
(by Espoliado de Incheon)
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