A malta gosta de bola, prontos. Uma vez até fizemos um site, que se chama maisfutebol. Somos jornalistas e tudo. Mas aqui não. Diagnósticos, prognósticos e inseguranças técnico-tácticas para maisfutebol@iol.pt

quinta-feira, abril 14, 2005

Quarto escuro

Ontem à noite tive o privilégio de ver um dos três maiores «penalties» vivos da história do futebol. O derrube do guarda-redes brasileiro Gomes (PSV) ao avançado brasileiro Nilmar (Lyon) foi tão evidente, espectacular e cristalino que merecia uma medalha. Passando por cima do pormenor de "Gomes" não ser nome de guarda-redes, nem aqui nem em Araraquara, o facto de o árbitro dinamarquês Kim Milton Nielsen ter conseguido fazer de conta que não viu o abalroamento merece também ele, à sua maneira, uma medalha: foi seguramente um novo «record» mundial de cegueira selectiva.

Como já antes, na primeira parte, o árbitro conseguira perdoar uma expulsão flagrante a Diarra (Lyon), acabou por haver uma forma enviesada de justiça na incompetência do senhor Nielsen. E como as duas equipas acabaram por ser igualmente beneficiadas e prejudicadas de forma grosseira, o desfecho da eliminatória acaba por não merecer contestação.

Mas, como a azelhice deve ser punida, eu defendo que, em casos tão evidentes de falta de qualidade, os árbitros devem ser fechados num quarto escuro, com os jogadores das duas equipas, logo após o final do jogo. Durante vinte minutos ninguém queria saber: havia total liberdade para que jogadores e árbitro pudessem trocar umas amáveis impressões sobre os lances polémicos. Depois, os bombeiros iam lá buscar o senhor, com a maca.

(by Espoliado de Incheon)

Who Links Here