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terça-feira, abril 12, 2005

Mas por que corriam eles?

Lamento dizer que o Bayern-Chelsea me aborreceu. Assim que o remate de Lampard tabelou nas pernas de Lúcio ficou tudo decidido. Só os alemães é que não perceberam, entregando-se a 60 minutos de cansaço inútil. Para aquelas cabecitas teimosas, acabarem a apenas um golo do prolongamento foi um castigo merecido: assim vão ficar mais tempo a remoer o jogo e a pensar no que podia ter sido diferente. Alguns talvez acreditem que até tinham condições para passar - nunca se sabe os limites da obstinação teutónica: basta ver que os Modern Talking ainda editam discos. A verdade é que nunca tinha visto quatro golos tão sem história como os que vieram depois: meros apêndices num guião traçado com uma semana de antecedência e encerrado aos 29 minutos.

De resto, registo apenas um momento: o do golo de Pizarro, para o 1-1. Porque de uma assentada tirou a perfeição a duas actuações fantásticas: a de Ricardo Carvalho, que ao deixar-se antecipar por Ballack provou que afinal é humano, depois de passear uma classe assombrosa pelo relvado do Olímpico durante 89 minutos; e a da equipa de arbitragem, que não viu Pizarro beneficiar de um fora-de-jogo para fazer a recarga.

Essa acabou por ser a única mancha numa autêntica lição sobre como dirigir um jogo de futebol. Com toda a pressão em redor do jogo, com o braço-de-ferro entre o Chelsea e a UEFA, com aquele «penalty» de Ballack, na primeira mão, a lançar suspeitas sobre todo e qualquer contacto, o que Mejuto Gonzalez conseguiu em Munique eleva-o à condição de craque. E é tão difícil reparar nos árbitros por boas razões...

(by Espoliado de Incheon)

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