Uma vida inteira
Pronto, acabou o Chelsea-Barcelona e a equipa por quem torci - e torci intensamente, como já não me acontecia há muito tempo - ganhou. Mais: ganhou um jogo épico, monumental, para a eternidade. Então por que razão me sinto vagamente triste com este desfecho?
Em primeiro lugar por Ronaldinho Gaúcho. Porque, apesar do enorme apreço que tenho por Mourinho, na minha escala de afectos o melhor jogador do Mundo continua a ser mais importante do que o melhor treinador do Mundo. Mourinho já o era antes deste jogo e continuaria a sê-lo mesmo se tivesse perdido a eliminatória, como esteve quase a acontecer. Mas o que Ronaldinho fez em Londres selou a certeza definitiva de que estamos perante o melhor de todos os que, por esse mundo fora, calçam as botas para ir lá para dentro.
Em segundo lugar pelo Barcelona. Porque poucas equipas traduzem tão bem os conceitos de jogo que mais me atraem como o «Barça» deste ano. E porque uma equipa que não se esconde em argumentos medíocres de «incompatibilidades» e consegue gerir os talentos de Ronaldinho, Deco e Xavi sem espírito de contabilista, merece ser feliz.
Em terceiro lugar porque, como escrevi ao intervalo, não gosto de finais jogadas antes do tempo. E aconteça o que acontecer nesta edição da «Champions», a final (isto é, a decisão entre os melhores) já foi jogada esta noite em Londres, quando o seu tempo certo era Maio, e o palco certo Istambul.
Em quarto e último lugar porque esgotei o meu «stock» de palavrões quando Frank Lampard transformou aquele contra-ataque de 3 para 2, no último minuto, numa mesquinha e anónima queima de tempo junto à bandeirola. Por momentos, alguns momentos apenas, senti-me traído. Depois, quando Collina apitou, senti-me outra vez feliz. Feliz mas um pouco triste, repito. Feliz por gostar de futebol. Um pouco triste porque jogos destes deviam durar mais de 90 minutos. Talvez uma vida inteira, se não fosse pedir de mais.
(by Espoliado de Incheon)
Em primeiro lugar por Ronaldinho Gaúcho. Porque, apesar do enorme apreço que tenho por Mourinho, na minha escala de afectos o melhor jogador do Mundo continua a ser mais importante do que o melhor treinador do Mundo. Mourinho já o era antes deste jogo e continuaria a sê-lo mesmo se tivesse perdido a eliminatória, como esteve quase a acontecer. Mas o que Ronaldinho fez em Londres selou a certeza definitiva de que estamos perante o melhor de todos os que, por esse mundo fora, calçam as botas para ir lá para dentro.
Em segundo lugar pelo Barcelona. Porque poucas equipas traduzem tão bem os conceitos de jogo que mais me atraem como o «Barça» deste ano. E porque uma equipa que não se esconde em argumentos medíocres de «incompatibilidades» e consegue gerir os talentos de Ronaldinho, Deco e Xavi sem espírito de contabilista, merece ser feliz.
Em terceiro lugar porque, como escrevi ao intervalo, não gosto de finais jogadas antes do tempo. E aconteça o que acontecer nesta edição da «Champions», a final (isto é, a decisão entre os melhores) já foi jogada esta noite em Londres, quando o seu tempo certo era Maio, e o palco certo Istambul.
Em quarto e último lugar porque esgotei o meu «stock» de palavrões quando Frank Lampard transformou aquele contra-ataque de 3 para 2, no último minuto, numa mesquinha e anónima queima de tempo junto à bandeirola. Por momentos, alguns momentos apenas, senti-me traído. Depois, quando Collina apitou, senti-me outra vez feliz. Feliz mas um pouco triste, repito. Feliz por gostar de futebol. Um pouco triste porque jogos destes deviam durar mais de 90 minutos. Talvez uma vida inteira, se não fosse pedir de mais.
(by Espoliado de Incheon)
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