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domingo, março 13, 2005

Serviço (im)pudico de televisão

Tome-se por base as palavras com que é feita a máxima de que a RTP é o tal canal público de televisão para falar de outros «serviços» e de que forma estão a ser «prestados». E a SIC? É o quê? Ou está a tornar-se o quê? Cada vez mais o tal canal em que a necessidade de «alimentar» os propósitos (auto)propostos está a descambar no mais básico comportamento de desrespeito pelos colegas de profissão e na falta de ética profissional.

Já não espanta, tal é a frequência, a resenha diária de notícias de terceiros para fazer os telejornais do dia – a falta de respeito não é o comportamento correcto, mas, nos dias de hoje, lamentavelmente, a situação de excepção parece ser «não a ter»...

Infelizmente, como que já quase que é «normal» ver nos noticiários «deles» notícias conseguidas e trabalhadas por «outros». E a reacção já vai sendo de habituação: «Olha!... Lá está mais uma notícia que eu, hoje, já li não sei onde...»

Mas fazer um pivot cujo teleponto é um decalque ipsis verbis de um texto publicado em outro órgão de comunicação social é um bocado de mais. Extravasa em muito aquilo a que (já) nos habituaram. Não acham?

Aconteceu na passada sexta-feira na Edição da Noite da SIC Notícias na síntese de lançamento, às 23h00. A notícia foi a do rapto da mãe de Luís Fabiano; o texto foi o do Maisfutebol. Só não percebi foi como ouvi na televisão o que foi escrito por um elemento da redacção de que faço parte – a nossa interactividade ainda não chegou a esse ponto... e a voz até era um pouco mais grave do que a do autor...

Pelo menos que haja um mínimo de pudor fundido com a dose equivalente de brio, pois, isso, não faz mal a ninguém. Acreditem! É bom. A sério! Se não um pouco mais de respeito, pelo menos um pouco mais de vergonha, se fazem favor.

P.S. A SIC não detém a patente deste comportamento e bastas são as vezes em que órgãos de comunicação social utilizam para seu proveito notícias de outros órgãos sem cumprirem sequer o dever mínimo de citá-los. Mas quando se quer dar um exemplo de algo convém dar o «melhor» de todos, não é?...

(by Em Busca do Prejuízo Perdido)

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