Microfones ao alto
O exemplo vem, como quase tudo, dos States. Quem assistiu e resistiu ao último Superbowl deve ter percebido que por lá o futebol, aquele jogado com armações e capacetes, é entendido como um fenómeno absolutamente mediático, capaz de capitalizar milhões de dólares por todos os sítios onde passa.
A National Football League (NFL) há muito que encontrou a «mina» e continua a escavar túneis, procurando novas formas de construir o fenómeno. Uma das fórmulas do sucesso é a mediatização total do desporto, com iniciativas totalmente inovadoras, que rompem com os processos demasiado conservadores dos europeus. Microfones e câmaras nos balneários, conversas em privado, gravações de treinos e momentos de jogos vistos na primeira pessoa, com as frustrações e emoções próprias de quem vive as emoções ao extremo. Tudo está contratualizado, previsto e rentabilizado. Todos ganham e o espectador sente-se agarrado ao espectáculo.
De repente, tudo isto me fez reflectir sobre as ridículas limitações existentes em Portugal. Já nem falo na falta de pessoas nos estádios, mas nas tremendas falhas de organização, que começam na ausência de um produto atractivo e terminam nas regras aplicadas aos jornalistas, demasiadas vezes privados de realizarem trabalhos criativos e atractivos, enfim diferentes. Se muita da culpa reside nos clubes, a Liga terá, igualmente, de ser responsabilizada, porque simplesmente não sabe como lidar com o fenómeno.
Normalmente, o atraso português costuma ser de vinte anos. Dá para esperar mais dez ou quinze para que algo mude?
(by Arquero)
A National Football League (NFL) há muito que encontrou a «mina» e continua a escavar túneis, procurando novas formas de construir o fenómeno. Uma das fórmulas do sucesso é a mediatização total do desporto, com iniciativas totalmente inovadoras, que rompem com os processos demasiado conservadores dos europeus. Microfones e câmaras nos balneários, conversas em privado, gravações de treinos e momentos de jogos vistos na primeira pessoa, com as frustrações e emoções próprias de quem vive as emoções ao extremo. Tudo está contratualizado, previsto e rentabilizado. Todos ganham e o espectador sente-se agarrado ao espectáculo.
De repente, tudo isto me fez reflectir sobre as ridículas limitações existentes em Portugal. Já nem falo na falta de pessoas nos estádios, mas nas tremendas falhas de organização, que começam na ausência de um produto atractivo e terminam nas regras aplicadas aos jornalistas, demasiadas vezes privados de realizarem trabalhos criativos e atractivos, enfim diferentes. Se muita da culpa reside nos clubes, a Liga terá, igualmente, de ser responsabilizada, porque simplesmente não sabe como lidar com o fenómeno.
Normalmente, o atraso português costuma ser de vinte anos. Dá para esperar mais dez ou quinze para que algo mude?
(by Arquero)
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